A revista de divulgação científica norte-americana Scientif American de Maio 2018 contém 7 artigos dedicados à problemática atual das doenças infecciosas com os seguintes títulos:

1. Social and Environmental Change Drives a World of Newly Emerged Infections
2. A Wave of Resurgent Epidemics Has Hit the U.S.
3. Global Infections by the Numbers
4. Vaccines Built for the Rich Don’t Protect the Poor as Well
5. How to Build a Better Flu Vaccine
6. How Climate Change Is Making It Harder to Predict Outbreaks
7. A Worldwide Effort to Stop Epidemics Is in Peril

Comentário (20180418mgl): no início da década de 60 do século passado, quando frequentei a Licenciatura em Medicina na Universidade de Lisboa, o professor de infecciologia afirmava que as doenças infecciosas estavam em vias de extinção tendo em conta a introdução de novos e poderosos antibióticos. Curiosamente, mais de 50 anos depois, podemos afirmar que este tipo de patologias serão altamente prevalentes no futuro com grande carga de morbilidade e mortalidade. O aparelho cardiovascular continuará a ser alvo destas doenças, quer as clássicas (Febre Reumática, Sífilis e Tuberculose) quer a endocardite infecciosa, quer ainda as novas doenças infecciosas (Lyme, HIV, etc.). Por outro lado o doente cardíaco com patologia crónica (insuficiência cardíaca, fibrilhação auricular, cardiopatias valvular ou isquémica, etc.) pode ver a sua cardiopatia descompensar perante um episódio infeccioso, mesmo o mais banal (como por ex. a gripe).

Merece ser realçado a importância das vacinas e do saneamento básico na luta contra as doenças infecciosas, apesar do aparecimento de novos fatores sociais, ambientais e económico-financeiros.